terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

VW Passat CC V6 3.6



A visão do Mercedes-Benz CLS, um conceito de sedã que mimetiza um cupê, inaugurado pela Mercedes em 2004, parece ter mexido com o imaginário de muita gente. Especialmente daqueles que não podem abrir mão dos confortos de um quatro-portas, mas que se deixam seduzir pela sensualidade do desenho dos cupês. BMW, Porsche e Aston Martin também prometem novidades para esse público, mas, sem anúncio prévio, a VW já lançou sua versão. É o Passat CC, disponível desde o mês passado na Europa e que será apresentado aqui, em outubro, como uma das estrelas do próximo Salão do Automóvel. Para venda esta prevista para este ano.
O CC é um cupê de quatro portas, e a sigla CC vem de Comfort Coupe, também aplicada aos Coupe Cabriolet, qualificando conversíveis. A proposta é reunir o melhor dos mundos: o estilo e a esportividade dos cupês com o conforto e o conteúdo dos sedãs. Segundo o responsável pelo marketing do produto, Holger Frenzel, a VW fez o CC porque identificou clientes do Passat que gostariam de ter um carro com as mesmas características, mas com um visual que transmitisse mais emoção.
O CC foi desenvolvido a partir do Passat sedã, mas tem 50% das peças diferentes. À primeira vista, a impressão é de que ele poderia ser anunciado como um modelo totalmente novo, uma vez que o principal ponto de identificação com o Passat é a grade dianteira. Os faróis, o capô e todo o resto da carroceria a partir da coluna dianteira são novos. O CC é 3,1 centímetros mais longo, 3,6 mais largo e 5 mais baixo que o Passat sedã. Internamente, o design do painel não mudou. Apenas os mostradores ganharam novo grafismo e iluminação branca, no lugar da vermelha. Atrás, os bancos são individuais, como no Mercedes CLS. A posição de dirigir também permanece inalterada. Mas as colunas centrais, mais largas no CC, atrapalham a visão do motorista quando ele precisa olhar pelas laterais, nas mudanças de faixa ou conversões.
O passat é equipado com motor V6 de 300 cv e todos os recursos disponíveis como, aliás, deverá ser a versão que virá para o Brasil. O CC trazia, por exemplo, sistema de alerta para mudança involuntária de faixa Lane Assist, piloto automático, direção elétrica, sensor de pressão nos pneus e som de alta-fidelidade. O sistema de estacionamento, além dos sensores na traseira, tem uma câmera que projeta a imagem em uma tela no painel com um gabarito do carro sobreposto, o que facilita as manobras.

A tração é integral, uma nova versão do sistema 4Motion, e a transmissão conta com sistema de embreagem dupla, DSG, de seis marchas. Em nosso test-drive, com direito a trechos de serra, a tração ajudou a manter o comportamento do carro neutro nas curvas e o câmbio contribuiu para se conseguirem respostas rápidas do motor.
A suspensão é do tipo McPherson na dianteira e multilink na traseira, montada em um subchassi, o que ajuda a isolar a cabine de ruídos e vibrações. Ela tem três modos de operação. Entre o Normal e o Comfort não conseguimos perceber grande diferença. O CC se comporta como o Passat sedã com suspensão convencional. Ou seja: é confortável sem deixar a carroceria solta. Quando acionamos o Sport, notamos que o conjunto ficou mais firme e passou a transmitir as interações com o piso com mais clareza para dentro da cabine. Quando o motorista seleciona essa opção, o carro não muda apenas a calibragem da suspensão, no entanto. A direção elétrica também altera o tempo de reação. É nessa hora que o sedã assume seu lado cupê. E o motorista consegue exercitar seus sentidos.
Segundo a VW, o Passat CC V6 faz de 0 a 100 km/h em 5,6 segundos e atinge 250 km/h de velocidade máxima, eletronicamente controlada. Apesar do desempenho, porém, deve-se levar em conta que ele é um carro grande e pesado, portanto nunca será tão ágil nas manobras quanto um modelo compacto. Mas, para quem quer ter um carro doisem- um, esse caminho é interessante.

O Passat CC V6 custa 48 000 euros, na Alemanha, o que permite projetar um valor de 240 000 reais para o mercado brasileiro, levando em consideração o câmbio das moedas, os impostos etc. Ele custaria 40% a mais que o Passat sedã, mas seria 22% mais barato que o Mercedes CLS V6 3.5, vendido aqui por 310 000 reais.

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