sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Fiat Linea



Até o começo dos anos 90, a Fiat foi a grande concorrente da GM e da Volkswagen no Brasil quando o assunto eram os sedãs médios. Antes que o mercado para os importados fosse aberto por aqui, ela chegou a abocanhar uma boa fatia das vendas com o Tempra, que caiu no gosto dos consumidores. Seu sucessor, o Marea nacional, praticamente idêntico ao italiano, não chegou a ter o mesmo carisma, numa época em que a fábrica concentrava suas forças em segmentos inferiores.
Derivado do Punto, o Linea tem linhas muito harmoniosas e ganhou, nos países da Europa Oriental em que já é vendido, o premio Autobest 2008, uma bela deferência. A plataforma em comum com o Punto não quer dizer que o sedã é necessariamente igual ao hatch, como se nota em termos de espaço interno. O Linea tem 2,60 m de entreeixos, 9 cm a mais do que o Punto, ou 9 cm a mais de espaço para as pernas. As outras medidas de tamanho são: 4,56 m de comprimento, 1,73 m de largura e 1,5 m de altura. No porta-malas, como é tradição da Fiat, cabem 500 l de bagagem.

Em recorrer a materiais luxuosos, o painel causa boa impressão. Os instrumentos, sob fundo cinza-claro, e o console feito de plástico, imitando alumínio, fazem boa figura. Nessa versão de acabamento os bancos são regulados manualmente e revestidos de tecido claro. Mas o Linea brasileiro terá mais sofisticação no interior, como contorno cromado nos marcadores de velocidade e conta-giros. Isso não quer dizer que o carro turco seja um "pé-de-boi". A versão que avaliamos tinha de série CD player com comandos no volante (e com leitor de MP3), direção assistida eletricamente, vidros elétricos e ar-condicionado regulável ao gosto do condutor e do acompanhante.

No exterior, haverá motores diesel e gasolina, com opções de câmbio manual ou automático. No Brasil, será usado um novo motor 1,9-litro. Ele derivará do motor 1,6-litro de 16 válvulas que equipa o Marea, uma solução caseira encontrada para enfrentar a dissolução da parceria entre a fabricante italiana e a General Motors. Outra opção apontada para ele é o motor 1,4-litro turbo de 150 cv usado na Europa, mas provavelmente com um pouco mais de potência, 155 cv, como o do Punto Turbo, uma vez que o 1,9-litro deve ter uns 130 cv.

O Linea mostrou mais virtudes que defeitos. Foi ágil para rodar pelo trânsito e confortável nos longos trechos de estrada. Os equipamentos que tem, mais o novo motor com 130 cv e o acabamento ainda mais sofisticado que terá no Brasil, serão bons argumentos para ele entrar num ringue em condições de disputar compradores com seus fortes concorrentes. Será mais uma ótima opção para os consumidores em um seg mento que não pára de ter novidades.

Nenhum comentário:

Postar um comentário